Triste, calado, à sombra do chapéu de aba larga, com os olhos fixados à água que passava no meu bordo da canoa, atravessava o canal de mar entre Bolama e São João. A manhã, apesar de radiosa e quente, assegurava-me que o dia não traria grande melhoria. Esta menina que seguia ao meu lado, aí com os seus 3 anos, meteu o seu braço por baixo do meu, alcançando e encerrando na sua pequenina mão alaranjada o meu indicador, encostou a cabeça no meu ombro e passou três ou quatro lentas vezes a outra mão pelo meu braço. Assim seguimos todo o percurso, de dedo na mão, encostados e calados. Só me largou quando saiu no outro cais. Há tanto tempo não me era dado, que nem sabia as saudades que tinha disso.
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1 comentário:
Apesar da distância e da da impossibilidade do contacto, aqui te envio todo o meu carinho!!!
Muitas saudades amigo!
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