Estava em intervalo de consulta no alpendre de trás da Unidade de Gã-Thongo, numa empolgada cavaqueira com o Agente de Saúde local sobre as também locais dificuldades, o papel dele no meio disto tudo, “e não perguntes o que a Guiné pode fazer por ti, pergunta o que podes fazer pela Guiné”, seguindo entusiasmado na filosofia importada barata (ou do preço que aqui se pode pagar), quando o meu interlocutor, durante o meu discurso e de descontraída forma, esticou o seu braço na minha direcção e meteu o indicador na minha orelha, esgravatando o canal auditivo externo:
- “Casca no ouvido.”.
Ainda tentei continuar, mas a moral, essa, já tinha sido barbaramente aniquilada...
- “Casca no ouvido.”.
Ainda tentei continuar, mas a moral, essa, já tinha sido barbaramente aniquilada...
Sem comentários:
Enviar um comentário