sábado, 6 de setembro de 2008

Naturalidades

Estava em intervalo de consulta no alpendre de trás da Unidade de Gã-Thongo, numa empolgada cavaqueira com o Agente de Saúde local sobre as também locais dificuldades, o papel dele no meio disto tudo, “e não perguntes o que a Guiné pode fazer por ti, pergunta o que podes fazer pela Guiné”, seguindo entusiasmado na filosofia importada barata (ou do preço que aqui se pode pagar), quando o meu interlocutor, durante o meu discurso e de descontraída forma, esticou o seu braço na minha direcção e meteu o indicador na minha orelha, esgravatando o canal auditivo externo:

- “Casca no ouvido.”.

Ainda tentei continuar, mas a moral, essa, já tinha sido barbaramente aniquilada...

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