Já ficou entendido que fui gloriosamente precedido na representação dos Açores em Bolama pelo meu querido Amigo Henrique Cabral: que honra, e que peso (abraço, Companheiro!)! Saindo da anterior conturbada consulta, parámos como de costume o jeep no meio da estrada de macadame (não passa ninguém), a meio caminho da Tabanka seguinte, no caso Berculom, para comermos as sandes preparadas de manhã pela Fatu, acompanhadas pelo belíssimo Foster Clark’s, esse Tang laranja da Guiné. Ainda antes de o fazermos, o Mustafá, farto como eu das coisas rasteiras da vida, começou a subir desenfreadamente as árvores de caju. Vendo ali uma brilhante ideia, fiz uma rápida imitação, carregando na mente e no sorriso a feliz infância nas matas e abrigos das Capelas, e escalei veloz na árvore do lado uns substanciais metros a mais que o Mustafá, que me perdeu de vista. Perguntou por mim aos longínquos seres terrestres, que lá de baixo me apontaram. Procurou, procurou, procurou, e ao encontrar-me na ramagem, incrédulo, mudando de árvore para me alcançar no topo, exclamou numa gargalhada:
- “Como eu gosto dos Açores!”
- “Como eu gosto dos Açores!”
Sem comentários:
Enviar um comentário