sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sassá Mutema

Sim, o meu chapéu faz sensação. Não muito longe do aspecto com que ficou mais célebre – na lustrosa calva do não menos brilhante Lima Duarte –, confere-me um ar de turista em passeio admirativo por África ou de triste português que caminha com a isotérmica para a praia aos sábados. Apesar de consciente disso, uma fútil impressão me arrasta para a sua quotidiana utilização, e me deixa algum gozo a cada vez que o levanto para cumprimentar quem passa: se não for possível fazer um trabalho sério e competente e ser respeitado debaixo de cobertura tão humoristicamente ridícula, talvez – mas só talvez – a vida seja um pouco pesada demais, talvez tenha um bocadinho menos de encanto.

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