Estou há quase 4 meses na Guiné, e o Kriol vai sendo progressivamente melhor, seguindo nessa estrada onde há muito se cruzou com o Português bem falado, que seguia veloz na faixa contrária. Ainda assim, vão-me escapando alguns detalhes que já deviam estar apreendidos há mais tempo, como a malfadada questão do alto. Sim, já falei disso, não voltarei a entrar em pormenores. Resta-me dizer que voltei em Setembro ao dito barbeiro dos cabelos europeus, em Bissau, e que o próprio me perguntou no fim do trabalho o que eu achava da obra (expressão que vem mesmo a calhar) produzida. Olhando de diferentes perspectivas para o espelho em frente, apontei:
- “Tenho um alto aqui na cabeça.”.
O barbeiro permaneceu atónito perante as minhas tentativas de explicar o que queria dizer com aquilo, disfarçando a custo um esgar perante o meu riso. Em abono da verdade, soltar uma destas depois de quatro meses na Guiné, só mesmo quem tem alto na cabeça.
- “Tenho um alto aqui na cabeça.”.
O barbeiro permaneceu atónito perante as minhas tentativas de explicar o que queria dizer com aquilo, disfarçando a custo um esgar perante o meu riso. Em abono da verdade, soltar uma destas depois de quatro meses na Guiné, só mesmo quem tem alto na cabeça.
Sem comentários:
Enviar um comentário